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28 de set | Jornal O Poder

MERCADO - Coluna Diária - QUATRO DIAS DE TRABALHO


Antonio Magalhães

Cerca de 20 empresas brasileiras aderiram ao projeto-piloto da semana de quatro dias, que busca mais bem-estar aos colaboradores sem diminuir as metas de produtividade. A iniciativa começou neste mês no país e seguirá até dezembro sob a fase de planejamento, período em que as companhias vão decidir o formato em que o programa será ofertado.

ONG ESTRANGEIRA COLABORA
A iniciativa começou em 2019, na Nova Zelândia, e já se espalhou por vários países da Europa, da África e das Américas sob a gestão do movimento 4-Day Week Global, uma comunidade sem fins lucrativos que conta com apoio da Reconnect Hapiness at Work para realização do experimento no Brasil.

500 EMPRESAS NO MUNDO
Atualmente quase 500 companhias pelo mundo já estão testando a modalidade de jornada em que o profissional continua recebendo 100% do salário, mas trabalha 80% do tempo e, em troca, se compromete a manter 100% de produtividade. É por isso que o modelo ficou conhecido como 100-80-100.

REQUISITOS DO PROJETO
Até janeiro, quando o projeto será colocado em prática, as empresas participantes terão de:
1.escolher se vão implantá-lo parcialmente ou em todos os departamentos;
2.optar por qual dia da semana será criada a folga;
3.Fazer a comunicação aos clientes e outras partes importantes sobre o processo;
4.garantir participação nas pesquisas quantitativas e qualitativas feitas por universidades parceiras.

ROMBO NAS CONTAS DO GOVERNO
As contas do governo registraram um rombo em agosto. A diferença entre as receitas e as despesas (sem contar os juros da dívida) ficou negativa em R$ 26,350 bilhões. O resultado sucedeu o déficit de R$ 35,933 bilhões em julho. O saldo – que reúne as contas do Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central – é o quarto pior da série histórica para o mês. Em 2020, o recorde negativo foi de R$ 119,844 bilhões no mês, corrigido pela inflação.
ACUMULADO DO ANO
Nos oito primeiros meses do ano, as contas do governo acumulam um rombo de R$ 104,590 bilhões – o quarto pior da série histórica em termos reais (descontada a inflação). Em agosto, as receitas tiveram queda real de 9,1% em relação a igual mês do ano passado. No acumulado do ano, houve baixa de 5,8%.

DESENROLA PARA BAIXAR JUROS
O projeto de lei do programa Desenrola – que substituiu a MP no Congresso – aprovou também um teto de 100% para juros rotativos de cartão de crédito ao longo de um ano. O rotativo é a modalidade em que o cliente não paga o valor total da fatura em dia e a transfere para o mês seguinte, com parcelamento automático da dívida. Atualmente, a taxa média anual de juros é de 439,24%.

CANETADA NÃO VALE NADA
Esse negócio de estabelecer juros bancários por uma canetada nunca dá certo. Uma disposição transitória da Constituição de 1988 determinava que os bancos só poderiam cobrar anualmente juros de 12% sobre empréstimos. Nunca essa matéria foi regulamentada e não se ouviu falar mais dela. Portanto, a caneta oficial pode escrever outras coisas, mas não dá para estabelecer patamar de juros.

Postado em www.opoder.com.br


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